quarta-feira, 20 de maio de 2009

Viva Cantona!

Eric Cantona está de volta. Não aos campos em que brilhou nos anos 90, mas às telas de cinema. E ao lado de Ken Loach — se você não conhece, é um cineasta britânico que trata de questões políticas e de futebol com a simplicidade que elas merecem.

O francês é a estrela de um filme que empresta o seu nome, “Looking for Cantona”, cuja pré-estreia ocorreu anteontem em Cannes. Na obra, o astro entra em campo duas vezes: a primeira como um pôster que ouve as confissões e os pedidos de um carteiro e a outra como o próprio Cantona, que o aconselha uma vida melhor.

É interessante que o mundo volte a falar do ex-jogador justamente nesta semana, quando o Manchester conquista o segundo tricampeonato de sua história.

A razão de existir um clube tão profissional, que conquistou 11 títulos desde que surgiu a Premier League, em 1992, está vinculada ao sempre festejado Alex Ferguson e também a Cantona. Bad boy, conhecido por jogadas e problemas geniais (a voadora em um torcedor do Crystal Palace é tão lembrada quanto os gols que fez), o francês tornou-se a primeira estrela a vestir a jaqueta vermelha dos diabos — na época, há 25 anos na fila —, depois de ser praticamente arremessado para fora do então campeão Leeds United, hoje na terceirona inglesa. A troca de papeis entre os clubes é sintomática.

Talvez demore alguns anos para “Looking for Cantona” chegar por aqui, como ocorreu com outras obras de Ken Loach (“My Name Is Joe”, de 1998, só chegou em 2000 e tratava de... futebol). Mas será interessante ver o francês explicando que o melhor do futebol é o passe, não o chute. Bonito isso.

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